As influências culinárias do Brasil incluem seus povos indígenas e colonos portugueses, bem como imigrantes alemães, árabes e japoneses. Cada nova onda de imigrantes acrescentou tempero - muitas vezes literalmente - à mesa brasileira. Hoje, os brasileiros combinam produtos frescos com temperos secos para adicionar sabores complexos à carne, frutos do mar, aves, arroz e até mesmo pratos doces.
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Os guisados de peixe brasileiros têm a cor vermelha e o gosto de terra do urucum, que é uma semente moída importante na culinária brasileira. A semente vem de árvores de achiote, que crescem no Brasil e em toda a América Central e do Sul; no Brasil, urucum seco e moído é chamado colorau. Frutos do mar são adicionados picante de malagueta seca, um pó moído feito a partir da pimenta malagueta extremamente picante. Essa pimenta, que os brasileiros usam na forma fresca e seca, é mais de 20 vezes mais quente que uma pimenta jalapeno. Nativa do Brasil, sua popularidade se espalhou para Portugal e Moçambique, onde também é um alimento básico.
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Sabores terrestres e picantes moeram pratos de carne brasileira. As pimentas negras são a chave para essa pungência. Pimenta preta cultivada no Brasil é bem conhecida por sua potência. Um exemplo de um clássico prato brasileiro de carne é o barreado, um ensopado tradicionalmente preparado em panela de barro. Junto com pimenta preta, especiarias incluem cominho e flocos de pimenta. Cominho é usado em muitos países da América Latina, bem como na Índia e no norte da África. Os flocos de pimenta vermelha, também cruciais para os pratos latino-americanos, vêm da pimenta caiena, mas são menos intensos do que o pó de caiena moído.
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A farofa brasileira age como um condimento picante e também como um acompanhamento. A mistura seca de farinha de mandioca e especiarias, como pimenta preta, coentro e páprica defumada, pode ser borrifada sobre outros pratos, usados para encher os alimentos ou simplesmente aquecidos e servidos no prato como acompanhamento. Páprica defumada é a versão espanhola da pimenta moída húngara.

Limas, cocos e outras frutas são pedras angulares das sobremesas típicas brasileiras. Quando se trata de agentes aromatizantes, as especiarias de sobremesas brasileiras são semelhantes às usadas nas cozinhas norte-americana e européia. Ingredientes secos chave para doces como ambrosia, pudins e bolos incluem cravo, cacau em pó, canela e noz-moscada. O gosto brasileiro por doces finais de uma refeição, bem como o açúcar, frutas cítricas e especiarias usadas para dar sabor a eles, vieram de colonos portugueses.
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